sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Ilusões

Vivo dentro de uma bola de ilusão. Todos os dias tomo um balse de sonhos e uns 5 de realidade. Confusão mental, sofro em busca de entender qual é o meu lugar no mundo! Viver de princípios únicos não é fácil e nos tira do prumo. Minha cabeça está tão cheia que me sinto vazia. Mesmo acompanhada me sinto só, sozinha, mas não é assim q deve ser? Não é na solidão que nos encontramos individualmente? Desreferencialização. Acreditar e depois cair do cavalo. Choro um luto antecipado. Cresci numa bolha e sair de dentro dela não é tao fácil assim, o mundo lá fora é assustador, e eu tenho medo. Não sou autosuficiente suficiente.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Descobertas


É impressionante como quando não temos expectativa alguma para que algo aconteça, as melhores coisas nos acontecem.
Fugir da realidade por alguns dias abre os horizontes. Entrar em contato com a natureza, e estar em um lugar com cabeça e coração, emoção e razão e conseguir absorver tudo de bom que um refúgio pode nos dar.
Ter a capacidade de me enxergar de fora da minha própria vida e conseguir perceber as coisas que vivo de um outro ângulo.
Passar a cogitar novas possibilidades, conseguir viver num sentido mais amplo, aceitar o novo, o que a vida ainda não trouxe, mas pode trazer.
Se abrir, aceitar viver no vazio, no hoje, no não saber o próximo passo, o próximo capítulo deste livro que é a vida. E aí é que tudo pode acontecer, quando a gente se permite viver no vazio de possibilidades, se abre para o viver o que a vida nos apresenta, se abre para colher frutos inesperados, para sensações e sentimentos inesperados.
Assim, a ansiedade diminui, a alegria de viver ressurge das cinzas, o sorriso aparece no rosto sem esforço e os pensamentos mudam de direção e vão para lugares diferentes e surpreendentes.

Hoje li na Galileu a seguinte frase: "Vivemos em um mundo de acúmulo de informações e falta de significados". A vida é caótica, o destino nos atropela, se a gente não vive a vida passa por cima de nós. Fazia tempo que não estava num lugar com vontade de estar exatamente ali. Agora o que me é dito na terapia começa a fazer sentido. As nossas mudanças mais grandiosas e significativas vêm depois que se sente a dor no sentido mais profundo. É assim que me sinto, pegando impulso para subir na parábola dessa dor e as mudanças vão se mostrando neste caminho.

Mudanças que eu quero pra mim? Sim, hoje consigo responder que são mudanças que serão boas para mim, para minha vida e para minhas relações.
Conseguir dosar a razão e a emoção. Utilizar de uma quando é preciso, para as artes, para se permitir ser sensível àquilo que necessita e a razão para dosar as ações, as ansiedades, os pensamentos, para agir na hora certa, para respeitar o outro e entender que as pessoas são diferentes e que isso é bom. A razão me faz entender hoje que temos que aceitar aquilo que a outra pessoa pode nos dar, sem exigir que seja diferente, que seja da forma como nós faríamos. Cada um é o que é, grande pretensão a nossa de querer que o outro seja como nós somos.

Hoje também e sinto feliz em perceber que as relações efetivamente mudam. Por muitos anos achei que isso não era possível, e hoje sou a prova viva de que o contrário é totalmente verdadeiro.
Nunca me imaginei introspectiva, sentada aqui escrevendo um texto como esse, sem estar com a cabeça no amanhã.

Hoje faço a escolha de viver no hoje, de viver aceitando o que pode vir e ficar feliz pelo que pode vir, sem medo do novo!

sábado, 24 de março de 2012

Eu, as vezes, só queria que fosse mais fácil.
que esse turbilhão de angústias e ansiedades não se movesse mais dentro de mim.
quando eu consigo acalmá-lo, deixá-lo dentro da gaveta, ele vem e age como um furacão devastador...

Medo. Vontade. Dúvida. Curiosidade.
Pesar. Saudade.

o que será que o outro pensa? por que ainda me interessa o que o outro pensa?

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Como faço parar?
meus pensamentos nesse turbilhão de idéias que me rodeia
como expurgo essa dor, que me aperta de um jeito que sinto que vou sufocar
de amor?
quanta ironia...
o mundo gira mais rápido, tanto que tenho a impressão de não conseguir acompanhá-lo
estou perdida, num vazio imenso que me absorve
e me engole
e me mastiga
olho no relógio
pego um cigarro, e outro
vontade que se apondera de mim, mas nao me permite
nao consigo dar o próximo passo
estou inerte, paralizada
e isso faz nascer um novo eu
melhor?
mais forte com certeza
angustia, vai embora, quero sorrir de novo...
e leva minha dor, tira o controle do pause
nao consigo apertar o botão
e coração, aprende a lição com a razão
o amor nao é mais forte que nada
é injusto
eu já não acredito mais...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

loucuras de mim mesma

Dizem que sou louca.
E sou.
E quando entro na minha loucura Não tenho mais vontade de sair dela.
Quero ficar com os meus pensamentos sem ser incomodada.

não entre...

As vezes quero e as vezes não quero mais.
o que pros outros é loucura, pra mim é viver.
me solto, me dôo, me abro, me jogo, vivo...
e sofro
e amo
e choro..

quero muito, com todas as minhas forças, com cada veia do meu corpo.
não quero mais, não gosto, não importa, desdenho...

não me machuque
é fatal...

mas me provoque...
e viva.

o que me guia é o amor e ser feliz.
amor sem felicidade é nada...
é resto.
é pobre.

e eu quero a riqueza, de todos os sentimentos que meu coração possa sentir.
quero a riqueza do pulsar
do amar
do querer
do gritar

e do não querer mais.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

saudade...

saudade, vem embalar meus pensamentos
desconcentrar os meus momentos...
vem apertar meu coração
transformar o que quero em ação

saudade, diz pra terra girar mais rápido
minha saudade virou um hábito
leva embora meus minutos
que agora parecem muitos

saudade, vou mandar tudo pro ar
vou te jogar no mar
e não quero mais te ter
tu me dói de doer
faz meu coração esmorecer

saudade tu me pegou
e eu não sei mais o que fazer
acho que quando o amor é demais
faz o coração adoecer.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

CAOS

Escurecem as luzes do teatro.
Começa a música. Jogo de luz. As cortinas se abrem vagarosamente.
Atores vestidos de preto, telefones, teclados de computador, cigarro, bebida espalhados pelo palco.
Sobre a música. Com movimentos de dança contemporânea os atores mexem-se de cima para baixo, de um lado para o outro.
Jogo de luz. Explode a música.
Correria, pessoas caminhando rapidamente tentando chegar a lugar nenhum, atendendo seus telefones, checando seus e-mails, fumando seus cigarros e sem tempo para olhar o outro, que está tão perto e as vezes precisando de um deles.
Pessoas se batem, se esbarram, brigam, perdem a pciência.
Música explode. Todos caem.
Fecham-se as cortinas.
CAOS!